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Cadê a IA, Apple? Empresa falhou em mostrar força na WWDC 2025?

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Sem revolução na Siri e com poucos avanços práticos, Apple deixa investidores esperando até 2026

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Imagem: Ascannio/Shutterstock

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A Apple entrou na WWDC 2025 sob expectativas modestas quanto a novidades em inteligência artificial — e ainda assim não conseguiu superá-las, segundo uma análise do Wall Street Journal.

A apresentação, centrada em atualizações estéticas e de sistema, como o novo design “vidro líquido”, frustrou quem esperava avanços relevantes em IA. Um programa aguardado para permitir que desenvolvedores acessassem os modelos de IA da empresa sequer foi abordado com destaque.

Segundo o analista David Vogt, do UBS, “muitos dos recursos anunciados são incrementais e já existem em apps concorrentes”. A ausência de anúncios fortes pesou: as ações da Apple, que já acumulavam queda de 19% no ano, caíram ainda mais após o evento.

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Logo da Apple em uma fachada de loja
O modelo de negócios da Apple, que prioriza o hardware, a coloca em desvantagem na era da IA (Imagem: pio3/Shutterstock)

Siri segue sem cumprir expectativas

  • Grande parte da decepção gira em torno da Siri.
  • Prometida há tempos como a próxima revolução da Apple em IA, a assistente virtual continua estagnada.
  • O vice-presidente Craig Federighi afirmou que atualizações significativas só serão divulgadas “no próximo ano”, o que pode empurrar uma nova Siri para 2026 — dois anos atrás do Google Assistente reformulado com IA.

A Apple também enfrenta um desafio estrutural: ao contrário de rivais como Microsoft, Google e Amazon, que integram IA em serviços baseados na nuvem, a Apple depende principalmente do desempenho de seus dispositivos — que respondem por 75% da receita.

E a chamada IA “no dispositivo” ainda não mostrou ser um atrativo capaz de impulsionar vendas.

Logo da Siri em um smartphone
Adiamentos frequentes jogaram o lançamento da nova Siri com recursos de IA para 2026 – Imagem: shutterstock/Koshiro K

Investimento em IA abaixo do que fazem rivais

Embora tenha firmado uma parceria com a OpenAI e esteja cogitando acordos com empresas como o Google (Gemini), a Apple investe muito menos que seus concorrentes em infraestrutura de IA, como chips Nvidia e servidores.

Isso a torna dependente de parceiros para competir em um dos setores mais dinâmicos da tecnologia atual.

Como resumiu Craig Moffett, da MoffettNathanson: “um ciclo de atualização impulsionado por IA só acontecerá se o hardware exigir atualização”. Com soluções de IA sendo entregues em nuvem por concorrentes, o principal diferencial da Apple — o controle de ponta a ponta via hardware — perde força.

A Apple pode estar ficando para trás na corrida da IA. E, com Siri reformulada apenas para 2026, a próxima geração do iPhone pode não ter novidades suficientes para manter a liderança da marca. A revolução esperada ainda está longe — e o “vidro líquido” não será suficiente para manter o brilho.

Logo da WWDC em um iPhone
Quem esperava ver projetos mais audaciosos da Apple em IA na WWDC, saiu insatisfeito (Imagem: ssi77Shutterstock)


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.






Fonte:Olhar Digital

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