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Plano que ameaçava as Linhas de Nazca é abandonado

O governo de Peru queria reduzir o tamanho da área de proteção em torno dos geoglifos de 5.600 km² para 3.200 km², mas desistiu do plano

As Linhas de Nazca são um conjunto de grandes geoglifos localizados no Peru. Estes desenhos de grandes proporções esculpidos no solo são, inclusive, reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Unesco.
No entanto, estavam ameaçados por uma decisão do governo peruano de reduzir o tamanho da área de proteção em torno deles. No final de maio, este espaço havia sido reduzida de 5.600 km² para 3.200 km², o que gerou muitas críticas.

A justificativa do governo do Peru foi que estudos haviam demarcado áreas com “real valor patrimonial” com maior precisão. A forte pressão, entretanto, obrigou o Ministério da Cultura do país a suspender a mudança e a área original de proteção (5.600 km²) foi restaurada.
Uma das principais preocupações era que a ação enfraqueceria décadas de proteção ambiental e deixariam a Reserva Arqueológica de Nazca vulnerável à mineração ilegal e informal, especialmente em um momento em que o preço do ouro está em alta.

A região, de fato, já foi alvo de diversas operações contra a mineração ilegal. Atualmente, 362 mineradoras de ouro de pequena escala operam no distrito de Nazca, todas sob supervisão das autoridades peruanas.
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Propósito das Linhas de Nazca ainda é um mistério
- As famosas Linhas de Nazca representam figuras geométricas e animais.
- Elas só podem ser apreciadas do céu e seu propósito segue sendo um mistério.
- Uma das teorias defende que procissões e cerimônias aconteciam ao redor das figuras.
- Os primeiros geoglifos foram encontrados em 1927.
- Arqueólogos estimam que as linhas foram criadas entre 400 a.C. e 650 d.C.
- Mais de 350 figuras já foram identificadas até hoje.
- A maioria delas está deserto de Nazca, mas elas também são encontradas em outros locais do Peru.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.
Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.
Fonte:Olhar Digital