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Carregamento rápido estraga o celular? Entenda

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A tecnologia de carregamento rápido transformou a maneira como usamos nossos smartphones. Em vez de esperar horas para uma carga completa, hoje é possível obter boa autonomia em poucos minutos.

Mas uma dúvida ainda preocupa muitos usuários: carregamento rápido estraga o celular?

A resposta não é tão simples quanto um “sim” ou “não”. Tudo depende de como essa tecnologia é utilizada e de fatores como temperatura, qualidade dos componentes e cuidados no uso diário. Continue lendo e descubra os detalhes!

Carregamento rápido estraga o celular?

Em termos técnicos, o carregamento rápido em si não danifica o celular, mas pode contribuir para o aquecimento excessivo da bateria, o que, por sua vez, acelera sua degradação ao longo do tempo.

O calor é o verdadeiro problema

Carregador pegando fogo enquanto carrega celular
(Imagem: Thichaa/Shutterstock)

Quando se trata do desgaste da bateria, o maior vilão não é a velocidade do carregamento, mas sim o calor gerado durante esse processo. As baterias de íons de lítio, amplamente utilizadas em celulares, são sensíveis a altas temperaturas. O calor excessivo e constante pode danificar os componentes internos e reduzir, com o tempo, a capacidade total de carga.

Ciclos frequentes de carga rápida, especialmente quando o aparelho está em uso ou exposto a temperaturas ambientes elevadas, podem acelerar essa degradação.

As baterias funcionam melhor em temperaturas entre 15 °C e 35 °C. Acima dessa faixa, reações químicas internas se intensificam, acelerando a oxidação dos eletrodos e diminuindo a capacidade ao longo dos ciclos. Como o carregamento rápido envolve correntes mais altas, ele naturalmente gera mais calor.

Bateria de telefone móvel explode e queima devido ao superaquecimento. / Crédito: wk1003mike (Shutterstock/reprodução)

Se o sistema for bem projetado, com sensores térmicos, dissipadores de calor (como camadas de grafite) e controladores que reduzem a velocidade de carregamento ao atingir cerca de 45 °C, o impacto tende a ser pequeno, limitado a alguns pontos percentuais de degradação extra por ano.

O problema se agrava quando usamos:

  • Carregadores genéricos ou falsificados, sem certificação;
  • Cabos de baixa qualidade, que funcionam como resistência elétrica e aquecem ainda mais o sistema;
  • Ambientes muito quentes, como o painel de um carro sob o sol;
  • Uso intenso durante a recarga, como jogar, gravar vídeos em 4K ou navegar com o brilho da tela no máximo.

Como funcionam os carregadores rápidos de celular?

Zoomik/Shutterstock

O carregamento rápido funciona por meio do aumento da voltagem (V) ou da amperagem (A), ou ambos, resultando em mais energia entregue em menos tempo. Essa energia extra acelera o processo de carregamento. Entretanto, os celulares só aceitam a quantidade de energia que seu circuito interno suporta.

Por isso, é fundamental que o aparelho e o carregador sejam compatíveis com a mesma tecnologia de carregamento rápido. Entre os principais padrões do mercado estão:

  • Quick Charge (Qualcomm);
  • TurboPower (Motorola);
  • Power Delivery (Apple, USB-C);
  • Adaptive Fast Charging (Samsung).

Celulares que não são compatíveis com carregamento rápido continuarão carregando normalmente, mas na velocidade padrão. Ou seja, sem os benefícios da rapidez.

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Carregador falso – Imagem: Mateus Andre/Freepik

Algumas boas práticas ajudam a manter a saúde da bateria mesmo com o uso de carregadores rápidos:

  • Evite superaquecimento: se o celular esquentar demais durante o carregamento, desligue o modo rápido (se possível) ou mude o aparelho para um ambiente mais fresco.
  • Use carregadores originais ou certificados: carregadores falsificados ou de baixa qualidade podem não ter proteção contra sobreaquecimento ou picos de energia.
  • Não use o celular enquanto carrega: usar o aparelho durante o carregamento rápido aumenta a geração de calor. Deixe-o em repouso para carregar mais rápido e com mais segurança.



Fonte:Olhar Digital

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